De volta a Valadares

Seria impossível tentar colocar aqui neste blog as viagens do cotidiano, que surgem quase todas as semanas, seja a trabalho ou até mesmo a passeio, mas também seria uma grande injustiça privarmos nossos leitores de destinos que são parte tão importante de nossa vida.
Pico do Ibituruna, fotografado pela Carol durante seu voo de paraglider, enquanto sobrevoava a cidade
Valadares, com a Ilha dos Araújos ao centro e o Rio Doce
Plataforma de decolagem no alto do pico
Pimpim sendo Pimpim
Entre os destinos que mais me marcam, sem dúvida está minha terrinha natal, Governador Valadares, pois estive por lá em momentos importantes da minha vida, onde deixei grandes amigos, primos com que, ainda que tenha pouco contato, são inesquecíveis, e minha irmã que não caberia em adjetivos aqui... E a Pimpim, que alegremente invadiu minha vida mesmo tendo nascido muito tempo depois de eu ter saído da cidade...

Apesar disto tudo, é um destino que vou pouquíssimo, pois não é nada fácil de ser visitado. Umas estradinhas de matar (literalmente) afastam Valadares do mundo e impedem que seja visitada em um final de semana simples. Uma ida daqui de Barão Geraldo até lá requer um bocado de planejamento, pois ou você paga caro num voo ou passa um dia inteiro na estrada, sem exageros.

Sempre sorridente, com o amigão Totó


A turma de colégio, em 1990

A turma de colégio, em 1992
Bem, apesar de toda a dificuldade, ainda assim acho que vou menos que deveria. É mais comum encontrar a turma de lá em Beagá ou aqui em casa do que lá em Valadares mesmo. E cada ida é uma correria só, pois em geral não ficamos por lá mais que umas duas noites impossibilitando de visitarmos todos que gostaríamos.

E a nossa última ida a Valadares foi a primeira em que fomos de avião... pra nunca mais querer ir de carro ou ônibus. Fazer aquele tormento de Beagá a GV em apenas 35min é algo que não dá para pensar em voltar atrás... em resumo, é melhor a turma de Valadares se preparar para nos ver com maior freqüência por lá.

Tudo bem que o aeroporto lá não esteja entre os melhores em que já estivemos, mas como a rodoviária de lá também não cria grande concorrência, está bom demais...

Mas pelo menos agora sabemos o caminho. Esperamos que a união entre Azul e Trip ajude, mas mesmo que não ajude sabemos agora que bem planejadinho dá pra ir sem grandes custos.

Este ano, aliás, completa 20 anos que saí de Valadares e a turma lá do Colégio Ibituruna tá ensaiando um encontro. Parece que não conseguiremos concretizar um reencontro da turma, mas seria no mínimo engraçado rever esta turma com 20 anos a mais nas costas...


Painel com horário dos voos
Acreditem, vocês estão vendo todas as cadeiras disponíveis





E esta lembrança de Valadares não veio à toa, pois estaremos por lá de volta no próximo final de semana e a empolgação já tomou conta. Passaremos um final de semana "acampando" por lá... voltando a fazer duas visitas num mesmo ano, depois de anos aparecendo no máximo uma vez no ano... Conquistas do avião...

E vamos fazer bagunça!! Pimpim que nos aguarde!

O resumão de Santiago

Não se assustem com nosso sumiço no blog, mas é que depois de 3 dias esquiando 8 horas por dia, sem parar pra comer, beber água ou ir ao banheiro a desidratação e o cansaço tomaram conta da turma... o que não significa que aproveitamos menos a viagem.

Finalzinho do "Pôr da Lua", visto da varanda de nosso apartamento
Outro vacilo foi que simplesmente esquecemos os carregadores das câmeras, então eu fiquei sem bateria na minha e limitamos drasticamente o uso da câmera da Tutu... e só tarde paramos para pensar um pouco e nos lembramos que os celulares poderiam nos salvar... o problema é que até agora não conseguimos reunir todas as fotos.






Bem, naquele último dia de Valle Nevado a turma voltou a se dividir, pois a Tutu e Christiano desceram para Santiago logo pela manhã e ficaram passeando por lá com a Lara, enquanto o restante da turma, fominha por esqui, permaneceu nos Andes em busca de novos limites.

As esquiadoras
E esta ideia de "novos limites" tomou conta desta turma. Ao final, todos abandonaram a monótona pista de treinamento e foram completar o primeiro circuito... o pessoal do teleférico chegou a cansar de nossa turma, sempre presente por lá, cada vez com tempos mais curtos no circuito.

Ao final do dia já estávamos profissionais no esqui. Eu e Cláudio encaramos uma pista mais alta, de dar frio na barriga, enquanto as garotas ficaram batendo recorde de tempo na pista lá de baixo... fechamos o Valle Nevado com chave de ouro.




Até a garota Red-Bull, a Rafa, aproveitou o dia sem pausa pra descanso... só não esquiou, ainda...


Depois encaramos a descida até Santiago, onde reencontramos o restante a turma e fomos fechar o dia num excelente restaurante italiano, onde matamos as saudades de comida boa (desde o Macarrão a Los Andes que não comíamos de verdade), com camarão, pizza, calzone e um carmenere.


No dia seguinte acordamos cedo, encaramos um café da manhã com cara de almoço e então tomamos um daqueles busus vermelhos de turistas para então conhecermos Santiago.

A primeira parada foi próximo ao Cerro San Cristóbal, mas não sei por que resolvemos parar num ponto antes e acabamos de frente pra um tal "Pátio Bella Vista", uma área lotada de restaurantes e lojinhas que nos tomaram mais de hora vendo as coisinhas chilenas. Ao final, foi uma boa passar por lá, pois o pessoal encontrou umas coisinhas legais, compraram os postais e ainda conhecemos o lugar que já nos tinham sugerido.

Seguimos o caminho para o Cerro e, chegando lá, a ingrata surpresa de que o funicular estava parado para manutenção a partir daquele dia e nossa opção seria a subida por ônibus (o teleférico, segundo o guia do ônibus, está parado "hace años"). Perdeu um pouco da emoção, mas a vista lá do alto continua fantástica.
Aproveitamos para tirar fotos e tomar um picolé chileno.



Na descida do Cerro voltamos ao Pátio Bella Vista onde mandamos ver em um "almoço de patrão", como diria o Christiano...
Almoço de patrão

O picolé de camarão da Lara

De barriga cheia, fomos à Plaza de Armas onde, como sempre, havia um zilhão de pessoas, um monte de eventos... visitamos a igrejona e de lá caminhamos até o palácio do governo (Moneda) onde topamos com um parente do Bock.

Plaza de Armas

O Bock no Chile??




Cerro Santa Lúcia, visto pelo outro lado da avenida
Então tomamos de volta do busu vermelho e com apenas uma parada infeliz no Cerro Santa Lúcia (a passarela para atravessar a rua até o Cerro estava fechada e então não fomo lá) seguimos até o hotel.
Pausa rápida para um banho e de lá fomos novamente buscar um restaurante, desta vez para comer uma paella e que, por coincidência, fomos num mesmo onde já havíamos comido uma destas em 2006... excelente!




A tradicional visita ao vinhedo já estava praticamente fora de nossos planos quando resolvemos voltar atrás e dedicamos a manhã do domingo para isto. Na correria, pois este seria nosso último dia em Santiago.
Resolvemos por ir no Concha y Toro, uma vez que o acesso é mais fácil, e optamos pela viagem de metrô, o que nos economizou uma grana. A viagem foi super tranquila e a Bia fez sua viagem inaugural num metrô.

A velocidade incrível...
Na escadaria da estação
O vinhedo da Concha y Toro é passeiozinho feito pra turista, mas é legal e certamente foi um dos passeios mais bacanas que fizemos naquele final de semana.

A foto na entrada do Concha y Toro
Ao final do tour guiado
Sempre que pensamos em desistir do vinhedo, a desculpa era que as crianças não aproveitariam, só que ao final do tour guiado (que foi interrompido por falta de luz) resolvemos sentar no gramadão da entrada enquanto esperávamos a turma terminar de comprar vinho e foi lá onde as crianças mais se divertiram... as crianças pequenas e as crianças grandes também, pois resolvemos abrir um vinho ali mesmo e a festa foi geral.

















Um brinde ao Chile
Do Concha y Toro, tomamos o metrô de volta a Santiago e com uma troca de trens chegamos ao "El Giratório", um restaurante bacana onde o local das mesas fica girando e nos dá uma visão legal de Santiago, do Cerro San Cristóbal e da Cordilheira dos Andes.

El Giratório
Depois do Giratório tomamos o metrô novamente até o monumento aos aviadores, uma praça com umas fontes legais, onde até tirei um cochilo no gramado. De lá, novo metrô até o hotel, uma pausa rápida e nova saída para o jantar num restaurantezinho meia-boca que conseguimos encontrar em Santiago.

E uma festa só na volta pra casa na segunda, todos já com saudades e vontade de voltar... ah, e com planos de repetir a aventura no próximo ano, mas rumo a Machu Picchu...