Milford Sound

Na publicação "Por quê Austrália e Nova Zelândia?" eu tentei explicar um pouquinho o que nos trouxe à Nova Zelândia (Terreiro novo do Zé), mas fui muito superficial. Como cito lá, se você olha pra Austrália num mapa, inevitavelmente você vê a Nova Zelândia, pois parece muito perto e, se você busca informações sobre o país, você verá que é um lugar de natureza muito privilegiada e não conseguirá resistir à tentação de visitar suas duas ilhas principais.

Bem, a Nova Zelândia é um país-arquipélago composto por duas ilhas principais, a Ilha Sul e a Ilha Norte, esta última muito mais conhecida e visitada, que ainda hospeda a cidade mais famosa, Auckland, e a capital, Wellington. A cidade mais visitada por turistas, Rotorua, fica no centro desta ilha, mais ou menos no meio do caminho entre as duas cidades maiores.
Imagem da GeoNet
A Ilha Norte fica sobre a Placa Australiana e a Ilha Sul fica quase totalmente na Placa do Pacífico e, como em qualquer região de encontro de placas tectônicas, há uma grande atividade vulcânica (atualmente mais comum na Ilha Norte) e terremotos de grande intensidade (atualmente mais comuns na Ilha Sul, em especial na região de Christchurch).
Estas atividades geológicas são importantes formadoras das paisagens que acabaram nos levando à Nova Zelândia e se olhamos hoje para o percurso de nossa viagem, basicamente acompanharemos a Falha Alpina (veja na figura) desde o aeroporto internacional mais ao sul, em Queenstown, na Ilha Sul, até o aeroporto mais ao norte, em Auckland, naquela faixa no topo da Ilha Norte.
Quando saímos do Brasil, não tínhamos dúvidas de que encontraríamos paisagens fantásticas por aqui, mas ainda assim foi fantástico ver o avião vindo de Melbourne e iniciando o sobrevoo às montanhas da Ilha Sul e quase todos os passageiros, em sua maioria Australianos, grudando nas janelas para admirar as paisagens e tirar suas primeiras fotos.
A aterrissagem em Queenstown em meio às montanhas é igualmente encantadora, mas é quando você pega a estradinha que leva do aeroporto ao centro da cidade que você vê o quanto este país é surpreendente.
Para todos os lados que você olha em Queenstown, você vê um cartão postal.
Uma cidadezinha de não mais que uns 10.000 habitantes, extremamente limpa e bem cuidada, às margens de um gigantesco lago em diferentes tons de verde, salpicada de montanhas que chegam a 2.000 metros acima da cidade... indescritível!
Com estas características, Queenstown passa um clima de paz e alegria aos seus inúmeros visitantes, tornando este centrinho um caldeirão de gente sorridente e empresas voltadas a deixar estas pessoas ainda mais sorridentes... parece cena de filme, mas é verdadeiramente uma cidade alegre e que nos marcou bastante.
Queenstown tem ainda atividades para todos os gostos e público, mas sempre explorando um de seus inúmeros cartões postais e, muitas vezes, garantindo seu título de "Capital Mundial dos Esportes de Aventura".
Estávamos tão empolgados com nossa fantástica chegada à Nova Zelândia, acreditando ter encontrado o paraíso, quando então chegou o dia de conhecermos Milford Sound, provavelmente o lugar mais espetacular que já vimos até hoje.
A ida para um lugar assim, claro, exige algum esforço. Como existe uma cadeia de montanhas separando a curta distância de Queenstown a Milford (duvido que seja mais que uns 100 Km), temos que dar uma volta por todo o lago, então gastamos mais de 4 horas para percorrer os 300 Km de estrada até lá. Foi nossa primeira viagem dentro da Nova Zelândia e nos chamou a atenção pelo modo como constatemente soltávamos frases como "Nossa que lindo!", "Olha aquela paisagem alí", "Fantástico!"... é impressionante, mas o país não dá uma folga nas paisagens.
Outro obstáculo naquele dia foi a chuva, pois tivemos o azar de ir justamente no único dia de chuva que tivemos durante nossa estadia em Queenstown. Dia chuvoso, aliás, não é raridade em Milford, pois a média de chuva em Janeiro é de 720mm, contra menos de 240mm em São Paulo, por exemplo, mas é o passeio partindo de Queenstown que mais será prejudicado pela chuva.
Nesta viagem chegamos ao ponto mais ao sul em que já estive e iniciamos a parte terrestre dos mais de 2.000 Km que andaremos em estradas neozelandesas, sendo que esta seria feita de ônibus.

Bom, no momento em que a estrada entra no Fiordland Narional Park o queixo quase cai. Uma estradinha que passa no meio de uma floresta densa e úmida, num vale em que passa um riozinho de águas claras e rodeado de montanhas com mais de 2.000m acima de onde estávamos, todas lotadas de cachoeiras, com neve em algumas partes...
Se o Sr. Frederiksen tivesse conhecido este lugar ele, certamente apontaria os balões dele pra cá, pois aqui sim é o Paraíso das Cachoeiras. É cachoeira de todo tipo: que vem escorrendo na pedra (cascata), que cai direto, que cai pra esquerda, que cai pra direita, que se junta com outra no meio da queda, que se divide em duas, que o vento leva antes de cair no chão...

Naquele momento, junto com o encantamento com a paisagem que víamos completamente afetada pela chuva, tínhamos a certeza de que aquele seria um lugar em que voltaríamos um dia, na tentativa de reencontrar estas paisagens num dia ensolarado. Não que já não fossem encantadoras assim, mas por já estarmos nos acostumando com esta sensação de a cada momento sermos surpreendidos com uma paisagem ainda mais bonita que as anteriores.


Parada para bebermos água
Cacatua negra em busca da Carol

E este Paraíso das Cachoeiras segue até que o riozinho, já bem maior, encontra com o Mar da Tasmânia, e o espetáculo se torna ainda mais impressionante.
Pegamos um barco e fomos fazer o percurso até o final dos fiordes.


E a chuva forte do início acabou dando lugar a um céu azul e ensolarado. Um pouco tarde para as fotos, pois as lentes da câmera já estavam molhadas e acabei tendo que tirar as fotos seguintes sem qualquer filtro, mas ainda assim, as fotos falam melhor que o texto:


O Paraíso das Cachoeiras
Uma das diversas cores da água do mar por lá
Focas (ou algum parente próximo)
Mar e neve lado a lado



Uma das cachoeiras que junto com a chuva molhou as lentes da câmera.
O barco passa pertinho delas.

E ao final voltamos pra Queenstown, sem palavras para descrever aquela sensação de Milford Sound...


E a chegada a Queenstown, como não poderia deixar de ser, um cartão postal:

Por do Sol em Queenstown, às 10 da noite

5 comentários:

  1. Dju, dá pra sentir no texto a emoção desse passeio... Sem Palavras...Tantas coisas lindas e emocionantes o tempo todo... Estou muuuitooo feliz por vocês!!!... E apesar da saudade, gostaria que os segundos demorassem mais pra que vocês aproveitassem tudo isso por mais tempo...Beijos e até mais...

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    1. Pois é Lu, não dá pra escrever num blog a emoção de visitar Milford Sound...

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  2. Ah! Muito legal que o Bruno se juntou ao trio... Então, abraços para o quarteto fantástico...

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  3. gabye estamos em natal aki ta d+ so faltou vc estamos com mta saudade de vc um beijo da thais do daniel da clarisse da lele da camila da vovo e do glauco

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    1. Que tanto d gente ai!!!!!
      Curtam bastante Natal que o proximo eh so em dezembro,kkkkkk!!!!!!!

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