Não é difícil entender a inspiração para um Blog se um
dia você já viajou para lugares distantes como a Austrália e a Nova Zelândia.
Viajar para a Argentina, por exemplo, permite que você
pare pra pensar na viagem só na véspera, pois você não precisa de nada especial
que você já não tenha. Nem o frio de Buenos Aires te exige muito mais que suas
blusas mais grossas ou a ajuda de um amigo de fácil acesso.
Viajar para um país mais distante, no entanto, exige
preparação. Além de exigir uma boa antecedência para se preparar
financeiramente, pois esta é uma daquelas viagens que te custam um carro,
detalhes como passaporte e visto já te obrigam a pensar com antecipação. Ainda
que para alguns países o processo seja rápido, a solicitação de visto pode
trazer contratempos, então nunca compre as passagens antes de ter a confirmação
de seu visto.
Para comprar a passagem você deve ter a confirmação do
visto, para solicitar o visto você precisa de um passaporte e, então, este
documento será de grande importância para a garantia da sua data de viagem.
Como já disse antes, gosto muito de viajar, então
nunca deixo meu passaporte vencer. À primeira vista, parece caro manter um
passaporte sempre válido, mas se você compara o custo das passagens ao exterior
com as domésticas, acaba pagando o passaporte.
Um mito importante nas viagens internacionais está
relacionado às dificuldades de visto, mas realmente é um mito, pois é muito
mais fácil que parece. É uma afirmação contraditória para alguém que já teve
vistos negados por algumas vezes, mas desde que consegui um rendimento mensal
maior que um salário mínimo, nunca mais tive problemas.
Antes de explicar o processo, vale lembrar que se você
for como turista a quase todos os países da América do Sul, não precisará
portar mais que sua Carteira de Identidade. Não tente documentos muito antigos
nem documentos diferentes do RI, como CNH ou Identidade de Classe, pois você
provavelmente será colocado num vôo de volta logo após sua chegada, mas se seu
RG estiver novinho, foto nova e tal, será tranqüilo.
Para quase toda a Europa você precisará somente do
passaporte válido e o agente de imigração vai te liberar por 90 dias,
permitindo circular entre os países lá sem burocracia e sem novas passagens
pela imigração.
No final das contas, nada melhor que seu passaporte em
dia... é o único documento que você terá que é válido no mundo, incluindo o
Brasil.
Com o passaporte em mãos, o próximo passo é verificar
se os países que serão visitados (inclusive em escalas, em alguns casos) exigem
o visto. E o primeiro passo para conseguir o visto é solicitar à embaixada ou
consulado do país em questão.
Existem despachantes especializados nestes processos,
mas ao final, se ele agir legalmente, ele fará pouco mais que preencher os
formulários por você, e cobrará um valor nem sempre baixo por isto. Se o
processo todo de visto te parecer caro, tente você mesmo visitar os sites das
embaixadas e verá que este despachante ou facilitador pode sim ser dispensado.
E no formulário ou na entrevista de vista você só tem que
comprovar que quer visitar o país somente para turismo e que não ficará morando
por lá sem um novo pedido de visto específico. A melhor maneira de provar que
não vai ficar lá é mostrando que tem algo que te prende aqui... bens, família,
emprego, etc.
Enquanto o processo de passaporte pode durar alguns
poucos dias ou semanas, o visto pode te tomar alguns meses, o que adia
consideravelmente a compra de suas passagens. E comprar passagem com
antecedência é fator chave para conseguir um bom preço. Nesta viagem para a
Austrália mesmo posso dar um bom exemplo, pois compramos nossas passagens em
Julho/11 e agora, em Dezembro/11 elas estão custando pouco mais que o dobro do
que eu paguei... em passagens domésticas muitas vezes você consegue preços bons
no curto prazo, mas pra destinos menos visitados siga a minha dica e compre com
antecedência.
Vocês devem ter notado que até aqui não citei as
agencias de viagens. Isto não significa que eu não tenha consultado diversas,
inclusive nesta viagem de agora, mas sempre as propostas das agências são menos
flexíveis e muitas vezes mais caras. É claro que este custo estará pagando a
sua tranqüilidade, pois eu gastei bastante tempo pesquisando e fazendo minhas
reservas, inclusive com um incidente envolvendo meu cartão de crédito, que
comentarei em outro momento. E lembre-se que seu tempo custa dinheiro...
Estas compras fora de agências podem te trazer
surpresas quando você está lá no seu destino e você estará sem ninguém para
reclamar ou pedir ajuda, mas eu não tenho dúvidas de que estes apertos são
parte importante da viagem, pois nestes momentos que você realmente aprende a
língua e em que você faz muitas histórias. Com tanto destino que visitaremos
nestas férias estejam certos de que haverá aqui alguma publicação contando um
caso destes.
Para não dizer que não fizemos nada via agência,
compramos as passagens via Submarino Viagens, e este já foi o primeiro
contratempo. A escolha da Submarino Viagens em detrimento a comprar direto da
South African Airways foi simples, pois a Submarino parcelava o mesmo valor que
pela South African teríamos de pagar em uma só bolada (o que dói quando você vê
que está pagando por algo que usará só 6 ou 7 meses depois de pagar). A
escolha, no entanto, significou trocar o bom atendimento da South African pelo
péssimo atendimento da Submarino Viagens.
Percebemos nossa mancada logo após a compra, quando
fomos marcar os assentos. A Submarino deve ter conseguido um bom desconto da
S.A. na compra dos piores assentos do vôo, sem direito a escolha de outros
lugares. Depois de muito custo, muitas ligações e tal, conseguimos pelo menos
marcar os 3 assentos juntos, mas acreditem, não foi fácil. Viajaremos sobre as
asas e resta o conforto de pensar que estatisticamente os que viajam aí
sobrevivem mais a acidentes aéreos, eheheheh... bom pensamento para quem
passará 30 horas voando...