Cães sem donos

O maior desafio nesta nossa viagem, sem dúvida, não estará lá na Oceania, mas sim aqui em Barão Geraldo: “Deixar os cães felizes durante o período em que estaremos fora”.
Carol explicando pra Dot o que encontraremos por lá
Quem já veio aqui em casa sabe que os verdadeiros donos da casa são Dot, Totó e Bock, que gentilmente nos cedem este espaço para morarmos com eles. Só que eu acho que eles já se acostumaram com nossa presença por aqui e acabam sentindo falta quando estamos fora, o que nos deixa com um aperto no coração quando pensamos em nos distanciar por tanto tempo.
É claro que eles não nos acompanharão nesta viagem, primeiro pela dificuldade que isto seria, pois não é comum encontrar hotéis preparados para cachorros deste porte (cada um pesa uns 30 Kg), segundo porque custa muito caro (uma viagem de avião aqui pelo Brasil mesmo já nos custaria o preço de uma passagem por cão mais uns R$ 10,00/Kg, além de despesas com atestados, veterinários, etc.).
Viajar para outro país ainda acrescenta fortíssimas restrições sanitárias, com destaques a países como Austrália e Nova Zelândia. E, para dificultar ainda mais, cães brasileiros são rejeitados em boa parte do mundo porque algumas doenças importantes, como a raiva, ainda não foram erradicadas por aqui.
Até alguns de nossos vizinhos, como Argentinha e Chile estão na nossa frente neste quesito.
Dot entrando no clima
Quando a Dot era novinha, levamos conosco numa viagem a Belo Horizonte. Foi muito legal levá-la a alguns butecos que marcam nossa história em Beagá, até no Soneca acho que ela foi, mas ficamos com a conta de uma sandália destruída e com o aprendizado de que não era fácil este tipo de turismo. Dava dó deixá-la sozinha em casa, mas com a chegada do Totó percebemos que dois cães dão muito menos trabalho que um cão só e, de quebra, vimos que eles ficavam muito bem, um cuidando do outro. Algumas vezes até deixamos câmeras pela casa que podíamos acessar via internet e vimos que fora o tempo em que estavam dormindo, que é a maior parte do dia, eles brincam normalmente.
Mas ainda assim, o tempo máximo que estivemos longe deles foi de cerca de 10 a 12 dias, agora estamos planejando mais que o dobro disto...  para 10 dias, deixamos uma montanha de ração, água por todos os lados e pronto, mas agora teríamos de deixar pelo menos uns 20Kg de comida, o que se torna um bocado complicado numa época úmida como nosso verão.
Bock fazendo bagunça, pra variar
Deixar os cães em algum hotel com um mínimo de qualidade é caro demais, e ainda deixaria a casa abandonada (acreditem, eles protegem bem).
Então a nossa decisão já estava tomada e deixaríamos em casa mesmo, só que teríamos que preparar uma estrutura para isto.
Ração, brinquedos, câmeras, água, anti-pulga, iluminação, proteção pras plantas, etc., etc., etc...  é muita coisa... No final das contas, novas linhas na planilha de despesas, e é claro que não pensamos nestas quando iniciamos os preparativos.
Si quieres el perro, acepta las pulgas
E o modo Totó de conhecer um coala
Além do apoio da família, dos vizinhos e da eleição de uma “dog sitter” para passear e limpar a sujeira deles, tivemos de preparar a casa e até prepará-los para o período de nossa ausência, como vocês podem ver nas fotos desta publicação. A casa já está totalmente no clima da Oceania e eles não poderiam ficar de fora desta festa.
Estaremos acompanhando eles de lá, com câmeras pela casa e, se surgir alguma imagem legal deste "monitoramento on-line", não tenham dúvidas de que publicaremos aqui no blog.

A casa no clima da Austrália


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