Qual é o seu limite?

No último dia de Queenstown, malas prontas pra seguir viagem, acordamos cedo para mais uma aventura: canyoning!
A idéia do canyoning (mais ou menos) é explorar um ambiente de canyon em torno de um rio ou cachoeira, seguindo o curso da água para onde quer que ela vá. Isso exige caminhar pela mata, nadar em piscinas naturais (normalmente belíssimas), e usar cordas e outros equipamentos de segurança para vencer os desníveis do lugar. Tudo isso, com um grupo animado e muito bem monitorado, é bem divertido, mas ainda assim exige um bocado de coragem de cada um.

Então, na manhã de sexta-feira, rolou caminhada, tirolesa, rapel, escorregões sobre as pedras (pra descer de uma piscina pra outra), pulos e mergulhos na água. Todo mundo aproveitando a brincadeira, rindo e curtindo o lugar (lindo demais!).

Só que a água estava geladíssima! É claro que a roupa de pinguim (!!!) fez a diferença (e muita), mas quando mergulhávamos, sentíamos no rosto e nas mãos o quão fria é a água do sul da Nova Zelândia.

A Gaby sofreu mais com o frio. E os saltos na água, mesmo que bem planejados e acompanhados, estavam exigindo cada vez mais. Ela tentou administrar a situação, avançar um pouco mais, mas não rolou. Então, depois de algumas etapas do canyoning na água, chegou um momento que ela preferiu parar.

Assim, fomos os três para o ponto de partida por um caminho alternativo. Conversamos sobre o canyoning, as dificuldades e a decisão (acertada) de interromper a atividade.
Terminando essa conversa, perguntei pra Gaby se poderíamos manter os planos de rafting e outras atividades na água que estavam na programação.  'Mantém sim. Eu vou tentar' - foi sua resposta.

É pessoal... encarar o desafio e tentar vencê-lo, exige coragem. Perceber seu limite e respeitá-lo, exige amadurecimento. A Gaby, que já mandou bem no balão, helicóptero, loopings de paraglider, Swing Nevis (maior do mundo!) e tantas aventuras espetaculares, mais uma vez nos deixou orgulhosos!

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