Franz Josef Glacier


A chegada a Franz Josef foi memorável. Depois de uma viagem por paisagens fantásticas, como a Carol narrou em “Rumo a Franz Josef”, tivemos a sorte de visualizar os picos nevados refletindo a luz do Sol se pondo. Fantástico, mas não pudemos sequer parar para tirar uma foto, pois devido às inúmeras paradas para vermos paisagens, já estávamos com mais de 1 hora de atraso pro horário permitido para o check-in no motel para o qual pagamos ainda do Brasil.

Claro que não chegamos a tempo, mas a surpresa é que havia um bilhetinho na recepção com meu nome, indicando qual era nosso quarto e que a chave estaria na porta... coisas de cidade pequena... e se você pensou numa cidadezinha pequena agora, esteja certo de que pensou em algo bem maior que Franz Josef. Duvido que a cidade tenha mais que umas 1.000 pessoas, contando com os moradores fixos, os temporários e os turistas.

Bem, como Carol já descreveu, passamos um dia descansando, colocando o blog em dia, ainda que com uma internet leeeenta até, mas foi um belo dia para descansar para o dia puxado que viria.

Preparados para a subida

E sem dúvida a subida ao glaciar foi a atividade mais puxada e de maior risco que fizemos até aqui. Não que fosse algo de extremo risco, pois como sempre por aqui, tivemos um apoio de alta qualidade dos guias que nos acompanhavam, mas foi a atividade que mais pudemos sentir que não havia espaço para vacilo.

O glaciar é fantástico. Formado a partir de um lago de neve lá na beira do Mount Tasman, que está ao lado do Mount Cook, o ponto mais alto da Nova Zelândia, ele “escorre” a neve sob pressão, que pra gente são blocos de gelo, para o glaciar Franz Josef, onde estávamos, e para o glaciar Fox, do outro lado da montanha. Este “escorrer” é constante e segundo o guia o Franz Josef é o glaciar com maior velocidade do mundo, se movendo 1 metro por dia montanha abaixo. Ele não cresce muito porque lá no final a neve acaba derretendo, mas ainda assim está num movimento de expansão de cerca de 8 metros por ano.
 
Neste movimento constante, quando o bloco de neve passa por uma inclinação maior da montanha ele trinca, formando imensas fendas, que são bastante perigosas, uma vez que podem ser muito profundas, mas muitas vezes formam caminhos fantásticos que podemos usar para subir o glaciar. E o derretimento do gelo acaba por suavizar as superfícies, fazer buracos profundos que também usamos para escorregar nas descidas, isto quando eles não nos levam até o fundo da geleira, o que também é bem perigoso.



No final das contas, o passeio até que não é tão perigoso quanto parece, mais pelo acompanhamento dos guias, mas exige sim muita atenção. Não exige grande capacidade física, pois novamente temos os guias para facilitar nosso trabalho, não faz calor e tem água de qualidade disponível por quase toda parte, pelo menos agora no verão.



O vale assombrado

Piquenique no glaciar

Parada para almoço


Enchendo a garrafa de água mineral








A descida
Ao final somamos ao nosso roteiro mais 8 horas de paisagens incríveis, mais um pouquinho de adrenalina e muito sorriso.




2 comentários:

  1. Quanta coisa diferente a cada dia... Adorei o túnel de gelo...Beijos

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  2. Muito legal mesmo o túnel... este dia foi muito show.

    E vem mais por aí...

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